Misticamente
A Arca da Aliança era um objeto sagrado descrito na Bíblia, principalmente no Antigo Testamento, que desempenhou um papel central na fé judaica. De acordo com as Escrituras, a Arca foi construída por ordem de Deus sob a orientação de Moisés, e servia como uma relíquia sagrada que simbolizava a presença e a aliança entre Deus e o povo de Israel.
Segundo o relato bíblico, a Arca da Aliança era uma caixa retangular feita de madeira de acácia, coberta de ouro tanto por dentro como por fora. Suas dimensões eram cerca de 1,25 metros de comprimento, 0,75 metros de largura e 0,75 metros de altura. A Arca possuía uma tampa chamada "tampa de propiciação" ou "tampa do propiciatório", feita de ouro puro, com dois querubins com asas estendidas, que olhavam um para o outro, esculpidos em seu topo. A tampa servia como o lugar onde a presença de Deus, conhecida como a "Shekhinah", repousava.
Dentro da Arca, de acordo com a tradição, eram colocados os Dez Mandamentos, também conhecidos como as Tábuas da Lei, que foram entregues a Moisés por Deus no Monte Sinai. Além dos Dez Mandamentos, outras relíquias sagradas foram supostamente colocadas na Arca, como um pote com o maná (um alimento milagroso fornecido por Deus aos israelitas durante sua jornada no deserto) e a vara de Aarão, que floresceu como um sinal de sua escolha como sumo sacerdote.
A Arca da Aliança era mantida no Santo dos Santos, o lugar mais sagrado do Templo de Jerusalém, construído sob as instruções de Deus e com base no Tabernáculo móvel que acompanhou os israelitas no deserto. O acesso à Arca era restrito e somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kipur), para fazer expiação pelos pecados do povo.
Acredita-se que a Arca tenha sido perdida ou destruída ao longo dos séculos, e sua localização atual é desconhecida. O mistério em torno da Arca da Aliança tornou-se uma fonte de interesse e especulação em várias culturas e sociedades ao longo da história.
Paz e luz!
Por Marta Rodrigues
